Publicado por: Mariana | abril 29, 2010

SUAPE – A volta da esperança

PESSOAL,

A PRESSAO DO MOVIMENTO AMBIENTALISTA DE PERNAMBUCO CONSEGUIU SALVAR 300 HECTARES DE MANGUEZAL, JÁ MARCADO PARA MORRER!É só ler trechos da matéria do Diário de Pernambuco, transcritos abaixo.

AGORA, A TAREFA MAIS IMPORTANTE É MOBILIZAR PARA SALVAR OS OUTROS QUASE 600 ha. QUE AINDA SE ENCONTRAM AMEACADOS!

ATENCAO! AVISAR AOS PESCADORES (COLONIAS): EXISTE A POSSIBILIDADE CONCRETA DE SE EXIGIR E CONSEGUIR DE SUAPE O PAGAMENTO DE UMA VERBA IDENIZATÓRIA AOS QUE COMPROVADAMENTE VIVEM DA PESCA E PODERAO SER PREJUDICADOS PELO MEGADESMATAMENTO.

TODOS À REUNIAO DO CONSEMA NESTA SEXTA-FEIRA, NA SECTMA (PERTO DA TORRE MALAKOFF, RECIFE ANTIGO), ÀS 9 DA MANHÃ!

Mangue na Berlinda //

Vitória do governo, mais conflitos no PT

Apesar da pressão dos ambientalistas …

Área reduzida após pressão

Embora tenham sido contrários ao projeto de lei, os oposicionistas e os movimentos sociais conseguiram que o governo reduzisse em 43% a área de supressão do mangue. A proposta original, votada ontem, prevê a derrubada de 893,48 hectares de manguezal, porém uma emenda a ser encaminhada hoje pelo governo, diminui tal número para 508,35 hectares. Chegou-se a essa redução depois de o governo retirar o projeto da pauta, segunda-feira, e discuti-lo com uma comissão de deputados, à noite. … A crítica maior da oposição é que o governo acenou para a redução de retirada do manguezal, porém sem apresentar compensações ambientais. “Queríamos reduzir ao máximo os estragos, mas o governo quis o mínimo”, disse Pedro Eurico (PSDB). Nos bastidores, a oposição tentava reduzir a supressão de vegetação nativa para 250 hectares. O projeto original, completou Miriam Lacerda (DEM), inclui, além do mangue, a supressão de áreas de Mata Atlântica e de restingas, totalizando 1.076,49 hectares. Para a oposição, o desmatamento não poderia ser encarado como uma questão de governo contra oposição e sim como um assunto de estado. (Jailson da Paz)

Caros amig@s,
 
É Inacreditável:
Nos anos 90, com Chico Science, Pernambuco se notabilizou com o movimento MangueBeat  http://bit.ly/b5SZU7  
Agora, desejando concretar manguezal em Suape, Governo estadual lança o MangueBrita   
 
Mas a luta não está perdida. A força da sociedade é maior que os encaminhamentos burocráticos de um Governo e de uma Assembléia, sem apreço pela transparência e pelo debate profundo. Impressionam a superficialidade e ligeireza das discussões e a falta de argumentos convincentes para tamanha devastação. Conforme já expressei em comunicações anteriores a “Lei do UltraDesmatamento” tem aspectos muito preocupantes:
– Não considera impactos socioeconômicos sobre as comunidades locais
– Não tem base em EIA/RIMA atualizado, portanto não se sabe, por exemplo, onde vai explodir a força das marés, se estas forem desviadas do vai-e-vem natural da área estuarina (vão bater ainda mais na orla de Jaboatão? Quem sabe?)
– Não considera outras potencialidades econômicas da região, como Pesca e Turismo (nem considera o valor econômico e financeiro do próprio mangue vivo, que pode ser objeto de projeto de compensação de carbono)
– O histórico de Suape mostra que nunca são realizadas as prometidas compensações socioambientais (o que se vê é o oposto)
– Não são apresentados dados que mostrem resultados socioeconômicos (desenvolvimento humano imediato) que demonstrem “compensar” tamanha destruição (os indicadores sociais de Ipojuca são uma prova de que o “crescimento econômico” não está se traduzindo em melhoria de vida das pessoas: Enquanto Pernambuco tem 24% de analfabetos (um numero assustador), Ipojuca é ainda pior: tem 32% de analfabetos, 65% sem saneamento e 61% com renda familiar abaixo do salário mínimo (e ostenta um dos piores IDHs – Índice de Desenvolvimento Humano do Estado).
– Falta total de transparência do governo. Ninguém sabe como será o projeto de expansão, não foi divulgado o novo plano diretor. Estudos sobre os problemas do complexo (realizados recentemente por instituições internacionais) estão engavetados. O governo aparece mais preocupado em defender o interesse das empresas do que o grande interesse público.
– Além disso, não sabemos o quanto de investimento público está sendo aplicado nesta operação. Certamente estes recursos seriam melhor aplicados em um grande programa de descentralização da industrialização, com incentivos a projetos com tecnologias sustentáveis.
– A indústria naval é um setor muito problemático no Brasil, cujo futuro é uma interrogação. Há estaleiros abandonados no Rio e em outros lugares.
 
Por tudo isso, avançaremos nesta luta com muita firmeza. Contem com todo o nosso apoio e entusiasmo!
 
http://www.blogdafolha.com.br/index.php/materias/7414-presidente-do-pv-reage-a-aprovacao-de-projeto-na-alepe
 
 
Abraço,
 
Sérgio Xavier
www.sergioxavier.com.br


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